Abolição? Uma reflexão sobre escravatura e 13 de Maio por Lucia Helena
Na Core Energetics nós trabalhamos com o conceito de IMAGEM, como um Molde na Substância da Alma. Substância essa que tem uma real existência plástica no campo sutil da alma.
Esse Molde é formado pela repetição de eventos negativos, que levam a criança a tirar Conclusões Errôneas ao se ferir e, é de onde brotam as Crenças.
Entre as Imagens, vamos focar hoje nas Imagens de Massa.
Elas são criadas pelos sistemas econômicos, políticos, culturais, religiosos e seguem influenciando-os.
Elas distorcem verdades, valores e as distorções criam caricaturas.
Semeada pelos europeus que impuseram um poder exterior sobre os grupos das pessoas originarias daqui, Terra Brasilis, sobre suas vidas, terras e recursos naturais; que exilaram e escravizaram corpos negros para criar e concentrar riqueza, brotou como nacional e cresceu a Imagem de Massa da Branquitude que luta pela manutenção do status de superioridade racial branca.
A gente sabe que o Brasil foi o último país das Américas a abolir com a escravidão. No 13 de maio aproximadamente 700 mil pessoas escravizadas conquistaram sua liberdade e enfrentaram novos desafios na condição de libertos.
A vida dessas pessoas no pós-abolição não foi fácil, principalmente pelo fato de que o preconceito na sociedade era evidente e porque não houve medidas para integrá-las educacional, cultural e economicamente na sociedade. Nenhuma reforma agrária aconteceu para dar enraizamento aos libertos do campo, entre outros fatores que hoje já começam a fazer parte do ensino escolar.
Miguel Paiva em uma de suas charges, escreveu no dia 13:
Assinou a Lei Áurea, só esqueceu de assinar a carteira de trabalho.
Tudo aconteceu segundo o Molde na Substância das Almas Dominantes, para garantir a manutenção d@s libert@s como pessoas marginais e subalternas na pirâmide social.
A Imagem de Massa dominante firma a crença de que pessoas com pele branca são superiores a todas as outras.
O reflexo dessa Imagem, a ressonância está até hoje viva nesse nosso pais – nosso conhecido e reconhecido Racismo Estrutural.
Escrito um pouquinho, bem pouquinho, sobre esse conhecido histórico, vamos trazer nossa Observação Objetiva para cada um de nós – Ser Humano nesse contexto.
Cada um(a) de nós só é afetad@ por essa imagem, a partir da ressonância externa com seu íntimo, onde habitam crenças que brotaram de imagens pessoais construídas nas relações íntimas, nas mais amplas, nas intergeracionais e até ancestrais.
Acontece um reforço constante e mútuo entre as imagens pessoais e imagens de massa. É um script que aprendemos e reproduzimos.
Esse molde rígido e inflexível bloqueia o fluxo da ESSÊNCIA DIVINA que dá Vida e Luz a absolutamente TODES SERES HUMANOS, limita sua expressão livre e inclusiva.
Há uma forma de ir além do programa do sistema, do molde da imagem de massa que não foi desenhada para a vitória de todos os corpos.
DECOLONIZAR O CORPO
Quando a gente conecta intencionalmente com o corpo a gente acessa um fluxo de sabedoria, de apoio enraizado. Nossos corpos se tornam guias que nos levam de volta a uma existência mais completa.
As práticas centradas no corpo desenvolvidas e aplicadas pela Core Energetics podem gradualmente trazer consciência das ilusões perpetuadas pelas imagens de massa fixadas nos nossos encéfalos límbicos, que nos levam a tentar pertencer ao grupo vencedor e assim, manter a separatividade.
Em vez disso, começamos a incorporar a verdade do organismo vivo em sua totalidade. Convocamos as Sensações Orgânicas quando vamos retornando ao estudarmos o mapa de nossa infância, reconhecemos a formação das imagens e puxamos um fio do tempo para a atualização das insatisfações, dores e separatividades de nós mesmos e de outres, no aqui/agora. Trabalhamos com Energia e Consciência.
Assim,
- Incluímos o corpo físico, energético, emocional, mental e espiritual.
- Reconhecemos nossos moldes.
- Liberamos velhos padrões
- Assumimos Autorresponsabilidade como uma Lei Espiritual
- Sentimos Gratidão
- Vemos Soluções
- Nos sentimos conectad@s a uma Grande Perspectiva Humana.
- Nos abrimos ao Prazer do Corpo, da Alma e do Cosmos.
Aqui finalizamos com muita Gratidão e Reverência a CADA TERAPRETA e CADA TERAPRETO que passou por nossa escola, nosso curso livre, lidou com nossas imagens de branquitude e plantou transformação. Um pouquinho de flores e frutos aqui nessa simples colheita.
John & Eva Pierrakos + o Guia semearam.
Kelsey Blackwell também trouxe inspiração com o livro
Decolonizing the Body
Lucia Helena
Direção geral e pedagógica
Rede Brasil Core Energetics